terça-feira, 11 de outubro de 2011

SOBRE RELAÇÕES RESSONANTES E VERDADES

          Os níveis de energia de um átomo definem na realidade a posição que um elétron ocupa em seu movimento orbital em torno do núcleo. Um sistema planetário em micro escala, mas com uma dinâmica bastante distinta daquela obedecida pelos planetas em torno do sol.
           Essas órbitas não são bem definidas na escala microscópica, onde habitam os átomos, tanto quanto são na escala macroscópica, lugar de “moradia” planetas. Podemos enxergar a trajetória de Vênus em torno do sol. Podemos acompanhá-lo, sempre que quisermos, em seu movimento periódico e contínuo. Já o elétron, em torno do núcleo atômico, não pode ser acompanhado em seu movimento. O elétron se mostra apenas quando é medido. Não é uma partícula, tal qual a terra em seu movimento em torno do sol, com posições definidas; com velocidades definidas. Ele apenas se mostra. E assim, onde estão quando se deslocam?
       Isso se deve ao fato de que nesse mundo microscópico não podemos acompanhar movimentos das “partículas” porque elas simplesmente não são entidades bem definidas. Elas estão espalhadas no espaço e, pasmem, estão presentes em todo espaço, com a mesma probabilidade de serem encontradas a qualquer instante. Isso faz parte de seu comportamento ondulatório e de sua dinâmica de movimento nessa escala.



        Como pode então uma entidade estar em todos os lugares ao mesmo tempo? Isso é, no mínimo, esquisito! Mas é assim mesmo. É um comportamento que foge a compreensão de nosso senso comum. É o tal comportamento quântico tão comentado na moda, na música, na poesia e em outras áreas do conhecimento humano. É um comportamento surpreendente!



       De certa forma somos assim também. Pois quando nos afastamos alguém, por alguma razão, podemos perguntar a nós mesmos: ONDE ESTÁ AGORA? Temos um mundo enorme de possibilidades onde tal pessoa pode se encontrar. E, dessa forma, podemos – em analogia com a mecânica quântica – dizer que o objeto de sua procura está espalhado nesse espaço.
 
       O que nos liga, então? Uma das respostas – de cunho mais científico – pode ser dada exatamente em função desse comportamento ondulatório. Se somos onda, ou pelo menos temos tal comportamento, então funcionamos numa frequência bem definida. Quando estamos felizes, por exemplo, podemos dizer que estamos numa frequência de vibração boa, que nos coloca prá cima, na gíria atual “de boa!”. Quando estamos de mau humor, nossa frequência é bem diferente, não somos boa companhia numa situação como essa.
 
       Como no átomo, cada frequência de vibração do elétron, define uma órbita e um nível de energia como consequência. Assim podemos dizer que quando estamos bem, transmitimos boas energias. Essas energias, por sua vez, só são absorvidas por um princípio chamado ressonância. O que significa vibrar na mesma frequência, pois, no mundo quântico, os entes só se percebem quando estão à mesma faixa de frequência. Se não vibram da mesma forma, não se encontram. Por assim dizer, não se percebem dentro do espaço em que coexistem.
      Portanto, quando as pessoas se encontram e vibram da mesma forma, definem um universo de interação e constroem uma realidade que interessa apenas às partes envolvidas. Tal realidade, não pode em momento algum ser questionada por terceiros, pois quem não faz parte dela, aqueles que têm frequências de vibração diferentes desta em questão, não conseguem percebê-la e, portanto, não devem questioná-la.
      Perceba que o conceito de realidade que é construído dentro dessa perspectiva encontra-se dentro da faixa de vibração estabelecida pelas partes envolvidas. E não é justo julgar a veracidade das relações, se não compreendemos os níveis energéticos que as definem. Somente aqueles que fazem parte das relações do sistema, podem ter uma compreensão do universo que constroem. A verdade e a virtualidade dos fatos passam a ser conceitos relativos que podem ser definidos apenas por componentes do próprio sistema. Se somos esses componentes, nos cabe apenas a análise em primeira ordem da qualidade daquilo que construímos. E como diz Carlos Castañeda nos ensinamentos de Dom Juan, analise se esse seu caminho tem um coração, se isso for verdade, prossiga. Caso contrário, ele não tem significado algum para você.
Pense nisso!
Robson Brufford


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